O edifício principal e a cúpula do Senado estarão iluminados com a cor azul, entre 21 e 29 de abril, para lembrar a passagem do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado anualmente em 2 de abril. A iniciativa, aprovada pela Primeira-Secretaria do Senado, é dos senadores Romário (PL-RJ) e Izalci Lucas (PSDB-DF) em apoio ao Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab). A ação visa dar visibilidade às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e combater preconceitos.
Para o senador Romário, reconhecido pela atuação nas pautas em favor das pessoas com deficiência no Congresso, essa iniciativa, além de chamar a atenção da sociedade para o assunto, sinaliza que os representantes da população também prestam a devida atenção à causa.
— Estamos literalmente jogando luz, iluminando de azul, para olharmos para as pessoas com autismo com respeito e cuidado, para que elas vivam em uma sociedade que os acolhe e respeita — afirma.
Izalci Lucas diz que não poderia deixar de apoiar esta ação, pois, segundo ele, as inúmeras manifestações em todo o mundo ajudam a ampliar o conhecimento e a consciência a respeito do transtorno do espectro autista e de seus efeitos.
— Nesse sentido, ampliar a conscientização sobre o autismo e incluí-lo no censo do IBGE são passos fundamentais para implementação de políticas públicas eficazes e mais justas — ressalta.
O dia 2 abril foi escolhido como Dia Mundial da Conscientização do Autismo pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo da data, celebrada desde 2008, é chamar a atenção para esse transtorno, que atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. O Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo foi instituído pela Lei 13.652, de 2018, que teve como base o PLS 321/2010, de autoria do senador Flávio Arns (Podemos-PR), aprovado pelo Congresso.
TEA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TEA abrange uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por interesses e atividades do indivíduo, realizadas de forma repetitiva. O TEA compreende o autismo, a Síndrome de Asperger, o transtorno desintegrativo da infância e o transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado.
A OMS estima que uma em cada 160 crianças no mundo possui o TEA. O transtorno pode limitar a capacidade de alguns indivíduos de realizar atividades diárias e participar da vida em sociedade, enquanto outros são capazes de viver de forma independente.
Ainda segundo o órgão ligado à ONU, em todo o mundo, as pessoas com transtorno do espectro autista estão frequentemente sujeitas à estigmatização, discriminação e violações de direitos humanos. Globalmente, o acesso aos serviços e apoio para essas pessoas é considerado inadequado.
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)