Representando a bancada paranaense no Senado, o senador Flávio Arns (Podemos-PR) apresentou voto de pesar pelo falecimento do ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, ocorrido nesta quinta-feira (27), em decorrência de doença renal.
Durante a sessão plenária, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) aderiu ao voto de pesar e destacou: “foi um grande urbanista, um grande entusiasta da arquitetura e um homem à frente do seu tempo”. Pacheco também pediu aos senadores que fizessem um minuto de silêncio em homenagem a Lerner.
Arns destacou a trajetória de Lerner como liderança política e sua relevante contribuição para a arquitetura e urbanismo, destacando seu reconhecimento mundial, com projetos implantados em cidades de diversos países.
“Lerner deixa um legado de pioneirismo e inovação ao pensar em soluções para as cidades. No transporte coletivo, o modelo que implementou em Curitiba na década de 1970, com as canaletas para a circulação exclusiva dos ônibus expressos, foi replicado por mais de 250 cidades ao redor do mundo. Também idealizou obras arquitetônicas que se tornaram o cartão postal da capital paranaense, como a Ópera de Arame, o Jardim Botânico e a Rua 24 Horas”, ressaltou.
A atuação de Lerner na área da sustentabilidade também foi lembrada por Arns. “Foi pioneiro ao implementar o programa “Lixo que não é Lixo”, que introduziu a separação do lixo orgânico do reciclável e concedeu a Curitiba o título de capital ecológica nos anos 1990. Parques urbanos passaram a compor a paisagem da cidade e são, hoje, espaços de lazer e bem-estar para os curitibanos e turistas”, complementou.
O senador destacou, ainda, a atuação de Lerner como governador, tendo contribuído para transformar o Paraná em polo industrial, principalmente na área automotiva.
“Professor da nossa Universidade Federal do Paraná, deixa um grande legado admirado por profissionais da Arquitetura e Urbanismo, por pensadores e gestores que buscam soluções para os desafios urbanos e de sustentabilidade em nosso planeta e que, certamente, continuará influenciando as gerações futuras”, finalizou.